terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Novo Honda Civic, quase um cupê, é turbo e tecnológico


A Honda fez nesta quarta-feira (16), em Los Angeles (EUA), uma première da décima geração do Civic. Além do visual totalmente renovado e muito distante das linhas convencionais do modelo atual, a gama do sedã contará, pela primeira vez, com um motor turbo, e oferece pacote tecnológico igualmente inédito, com direito a piloto automático adaptativo e bancos aquecíveis. 


flagrante noticiado pelo CARRO ONLINE no começo da semana já havia adiantado todas as mudanças externas do novo Civic. A Honda decidiu seguir o que parece ser a nova (ou renovada) tendência de abandonar os três volumes bem demarcados nos sedãs, em favor de um caimento mais contínuo da coluna C em direção à traseira do carro, como num cupê. A própria Honda chama essa silhueta defastback, mas não chega a usá-la no nome do modelo, como a Ford do Brasil fez com o novo Focus sedã.
A dianteira ganhou mais agressividade e ampliou o espaço dedicado à lâmina cromada, lembrando um pouco o City e também os modelos da Acura, marca de luxo da Honda nos Estados Unidos. A novidade é a inclusão de LEDs para uso diurno. As lateriais abusam de vincos que convergem em direção às lanternas, em formato de "bumerangue estilizado" dando mais corpo ao discreto terceiro volume do sedã.
O novo Civic na apresentação em Los Angeles

O comprimento do Civic não mudou, mas ele ganhou 3 cm na distância entre-eixos, segundo a fabricante. Na largura foram adicionados 5 cm, e a altura foi reduzida em 2,5 cm. 
PLATAFORMA MAIS LEVE
Produzido sobre uma plataforma totalmente nova, o Civic de décima geração incrementou sua rigidez torcional em 25%, graças principalmente à utilização de aços de ultra-alta resistência no chassi (12%, enquanto no sedã hoje à venda no Brasil o uso é de apenas 1%). Outra melhora (também de 12%) foi em relação à aerodinâmica, graças à altura reduzida da carroceria.
Traseira do novo Civic tem lanternas em forma de bumerangue

De acordo com a Honda, os materiais mais leves na construção resultaram numa redução de 30 kg no peso total do Civic. Com a promessa de entregar um comportamento dinâmico mais esportivo, especialmente no contorno de curvas, tecnologias como a vetorização de torque estão disponíveis de maneira inédita na gama do modelo.
"Esta décima geração do Civic é simplesmente a mais ambiciosa que nós já fizemos", resumiu John Mendel, vice-presidente executivo da Honda dos EUA, em nota distribuída pela empresa. "Estamos trazendo mais inovação e tecnologia como jamais fizemos para estabelecer um novo paradigma de desempenho divertido, eficiência energética, segurança e refinamento na categoria dos sedãs compactos."
Entre os recursos tecnológicos disponíveis no novo Civic, estão frenagem autônoma para evitar colisões frontais, alerta de manutenção de faixa, controle de cruzeiro adaptativo, entre outros ligados à segurança. Quanto ao entretenimento, a central multimídia, um dos principais destaques da cabine, possui tela sensível ao toque de 7'' e é compatível com os softwares CarPlay e Android Auto, da Apple e do Google, respectivamente. 
No habitáculo, a Honda mudou o painel de instrumentos, agora sem a divisão em dois "andares" e tela colorida TFT digital ao centro (as laterais continuam analógicas).
Painel do novo Civic abandona o 2º andar e tem centro digital

A Honda diz que o espaço interno ganhou 5 cm para a acomodação das pernas dos passageiros de trás. A capacidade volumétrica do bagageiro, novamente à despeito da aparência encurtada, aumentou em 73 litros em comparação com o Civic atual (ou seja, deve comportar 522 litros agora). E entre os novos mimos que o sedã recebeu o que mais se destaca é o inédito aquecimento dos bancos dianteiros (disponível apenas nas versões mais caras).
OS NOVOS MOTORES
A décima geração do Civic também traz novidades na motorização, embora a Honda não tenha divulgado dados técnicos. O motor 2.0 de 16V com duplo comando de válvulas foi recalibrado para gerar mais potência, transformando-se na "opção de motor de entrada mais poderosa já oferecida na gama do Civic". Os câmbios que completarão o trem de força poderão ser manual de seis marchas ou do tipo CVT.
Nas configurações top de linha do novo Civic, a marca oferecerá o inédito motor 1.5 turbo de quatro cilindros com injeção direta de combustível. Também não há informações técnicas sobre esse propulsor, mas ele trabalhará exclusivamente com a transmissão CVT. A promessa é ele rodar cerca de 17 km/l, com gasolina.
A gama da nova geração do Civic no exterior será completa: além do sedã, serão fabricadas as versões cupê, hatchback, a esportiva Si e a mais envenenada ainda Type-R (hatch). No Brasil, ele será fabricado somente a partir de 2016, e apenas na tradicional variação sedã (o que pode incluir o esportivo Si). Atualmente, o Civic é o segundo sedã médio mais vendido no país, perdendo do arquirrival Toyota Corolla (cerca de 23 mil contra 44 mil unidades emplacadas até o final de agosto, segundo a Fenabrave, associação das revendas).

Fotos: fórum civicx.com

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