O Toyota Prius está no Brasil desde 2013, mas nunca repetiu o sucesso de vendas de países como Estados Unidos e Japão.
Os números da Fenabrave atestam a evolução do japonês que anda com gasolina ou eletricidade. Apenas 177 unidades foram comercializadas no primeiro semestre de 2016, sendo que maio foi o pior mês do ano para o Prius: somente cinco veículos foram vendidos no país.
A virada começou em novembro, quando o modelo teve 88 unidades emplacadas – superando o recorde de 83 veículos em abril daquele ano.
O Prius fechou 2016 com 486 emplacamentos – e a situação ficaria ainda melhor no ano seguinte.
Foram necessários apenas quatro meses para bater o número de unidades vendidas durante todo o ano passado: 535 veículos de janeiro a abril.
Até outubro deste ano, o híbrido já totaliza 2.079 emplacamentos, sendo que seu melhor mês foi agosto, com 544 unidades.
Estes números fizeram o Prius ultrapassar modelos tradicionais na indústria automotiva brasileira. No ano, ele já superou nomes como Hyundai Elantra (1.790), Suzuki Jimny (1.637), Mitsubishi Pajero (1.535), Kia Cerato (1.307) e VW SpaceFox (1.044).
Em outubro, o híbrido vendeu 165 unidades, mais do que Citroën C4 Lounge (164), Audi A4 (148) e VW Passat (96).
Feito mais impressionante aconteceu em agosto, quando o Prius teve 544 emplacamentos.
Foi o suficiente para superar Ford Focus (495), Chery QQ (430), Ford Fusion (405), Fiat Doblò (371), VW Golf (351), Nissan Sentra (329), Fiat Weekend (292) e VW SpaceFox (124).
Por que as vendas do Prius subiram tanto?
Se o Prius nunca foi barato, então qual seria a razão do crescimento das vendas do modelo em menos de um ano? Publicidade, preço e conteúdo.
A Toyota intensificou a campanha publicitária do Prius em outubro do ano passado, principalmente em canais de televisão por assinatura.
Não por acaso, foi a partir de novembro de 2016 que os números do híbrido começaram a subir. Em dezembro, as 122 unidades vendidas superaram o volume total de veículos emplacados de junho a outubro.
O híbrido voltou aos intervalos comerciais em setembro deste ano, quando a Toyota lançou uma nova campanha publicitária. A série de quatro vídeos aborda quatro fatores que podem decidir uma compra – e que são associados ao veículo pela montadora: sustentabilidade, design, tecnologia híbrida e economia de combustível.
Ao mesmo tempo, a marca inaugurou um espaço de 100 m2 no Parque Villa Lobos, em São Paulo (SP). Além de palestras e atrações interativas para demonstrar de forma lúdica o funcionamento de um veículo híbrido, há uma área de test-drive para os visitantes do parque.
A proximidade de valores com o Toyota Corolla também explica o crescimento do Prius. Enquanto o Corolla Altis custa R$ 117.900 sem opcionais, o Prius sai por R$ 126.600 – uma diferença de R$ 8.700.
Isso não significa que o Prius seja barato, e sim que o Corolla está caro demais, deixando o cliente na dúvida entre eles.
Quando isso acontece, a balança pesa para o lado do Prius. Movido por dois motores (um 1.8 a gasolina de 98 cv e um elétrico de 72 cv), o híbrido é bem mais moderno do que o sedã, que traz um 2.0 de 154/143 cv.
Seu grande trunfo é ser mais econômico: o Prius faz 23,8 km/l na cidade e 18,2 km/l na estrada, ao passo que o Corolla registrou 11,5 km/l e 15,6 km/l, respectivamente.
O design também pode ser decidir a compra. Se o Prius está longe de ser unanimidade, quem compra o veículo se encanta por suas linhas futuristas – bem diferente do estilo mais conservador do Corolla.
Há também o benefício intangível de possuir um carro híbrido, que é a sensação de dirigir um veículo menos poluente.
Por fim, a lista de equipamentos de série é mais generosa no híbrido. Ambos têm conteúdo semelhante (incluindo 7 airbags, controles de estabilidade e de tração e a mesma central multimídia), mas o Prius oferece carregador de telefone celular por indução e head up display – este último oferecido como acessório no Corolla.
fonte: 4Rodas Revist
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